Sejam bem vindos e abençoados!

Que seja sobre nós a graça do Senhor e que Ele confirme as obras de nossas mãos.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O divórcio é o ultimo recurso, não a primeira opção.

A bíblia fala acerca do divórcio, por esta razão, os que são seguidores de Cristo, devem observar com cuidado as escrituras. 
Abaixo um estudo sobre o tema.

NO ANTIGO TESTAMENTO

Os casamentos às vezes eram dissolvidos, podendo o homem divorciar-se da esposa se encontrasse “coisa indecente nela” (Dt 24.1).
Os advogados judeus interpretavam essa frase de diferentes maneiras.

1- Os seguidores da escola do rabino Shammai acreditam que ela se referia ao adultério ou má conduta sexual.

2-Os seguidores da escola do rabino Hillel acreditavam que a frase podia abranger até um jantar estragado.

Na sociedade da época, o homem podia simplesmente avisar à mulher que se divorciaria dela, mas os judeus eram obrigados a dar uma “carta de divórcio” por escrito, anulando o contrato de casamento original.
Parte da carta (ou documento) de divórcio permitia que a mulher se cassasse de novo (Dt 24.1,2), mas uma moça que se casasse com um homem por te sido antes estuprada por ele não podia ser mandada embora (Dt 22.28,29). O homem que acusasse falsamente a mulher de não ser virgem quando se casaram, não podia também divorciar-se dela (Dt 22.13-19). Se uma mulher divorciada voltasse a casar e seu novo marido morresse ou lhe desse carta de divórcio, o primeiro marido não podia casar-se de novo com ela (Dt 24.3,4); mas se não tivesse casado outra vez, ela e o primeiro marido podiam voltar a casar-se (Os 3).
O povo judeu foi muito bem esclarecido, de modo a não restarem dúvidas de que o divórcio era inaceitável para Deus (Ml 2.16), e Jesus repetiu que aqueles que Deus uniu ninguém poderá separar (Mt 5.31,32; 19.6). Não era permitido que as mulheres dessem inicio ao divórcio.

NO NOVO TESTAMENTO
A única coisa que não foi considerada “boa” na criação foi o fato do homem estar sozinho (Gn2:18). Adão não poderia ter comunhão com os animais, precisava de uma companheira.
O casamento permite a perpetuação da raça humana. “Sede fecundos, multiplicai-vos” (Gn 1:28) foi o mandamento de Deus ao primeiro casal.

1- É uma união instituída por Deus. Deus instituiu o casamento, assim somente ele pode controlar seu caráter e suas leis. Não há legislação ou tribunal capaz de anular aquilo que Deus instituiu.

2 – É uma união física. O homem e a mulher tornan-se “uma só carne”. Apesar de ser importante que o marido e a esposa tenham uma só mente e coração, a união fundamental do casamento é física. Se um homem e uma mulher se tornasse “um só espírito” no casamente, a morte não poderia dissolver o casamento, pois o espirito nunca morre.
Mesmo se um homem ou uma mulher discordam, são “incompatíveis” e não conseguem entender-se, continuam sendo casados, pois a união é física.

3 – É uma união permanente. A intenção original de Deus era que um homem e uma mulher passassem a vida juntos. (Rm 7.2 – I Co 7:39) A idéia de “morar juntos para ver se dá certo” não faz parte da lei original de Deus, pois exige que o marido e a esposa comprometam-se irrestritamente com a união do casamento.

DECLARAÇÃO DE JESUS SOBRE O DIVÓRCIO
Em Mateus 19.1-12, Jesus Cristo fala sobre o divórcio. Neste discurso Jesus tocou um nível mais profundo, até porque, ele estava sendo interrogado por homens que eram seguidores das escolas: Shammai e Hillel.
O Mestre informa que Moisés liberou a carta de divórcio por causa da dureza do coração do homem, ou seja, homens que são incapazes de perdoar, e conceder uma nova chance para suas esposas.
A lei de Moisés era extremamente sábia, pois, para começar, o marido pensaria duas vezes antes de livrar apressadamente de sua esposa, uma vez que não poderia tê-la de volta. Além disso, levaria tempo para achar um escriba (nem todos podiam redigir documentos legais)e, durante esse período, o casal separado poderia se reconciliar.
Os fariseus estavam interpretando a lei de Moisés com um mandamento, mas Jesus deixa claro que Moisés estava apenas dando permissão.
É importante ressaltar, que permissão de Deus, nem sempre é a vontade de Deus.
No versículo 9 Jesus afirma: O homem só poderá mandar sua esposa embora por causa do adultério comprovado. O casamento só é dissolvido se for por morte ou por adultério, e sobre este segundo, é necessário algumas observações:

1 – Se um homem ou uma mulher entrar com o pedido de divórcio se não for por causa de um adultério comprovado, estes estão IMPEDIDOS DE CASAR-SE NOVAMENTE. Havendo discordância desta lei, a bíblia é clara em dizer que havendo outro casamento com estes divorciados, todos estão em adultério ( Mateus 5:32 – Lucas 16:18)

2 – Se o pedido do divórcio for por causa do adultério, aquele ou aquela que foi traído esta LIVRE para casar-se de novo. A base desta aprovação esta na hermenêutica do versículo 32 do capitulo 5 de Mateus.
(Mas eu lhes digo: todo homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, será culpado de fazer com que eles se torne adúltera...)

2.1 – O que traiu está IMPEDIDO de casar-se novamente.

3- Se o que traiu casar novamente, este estará em adultério e a pessoa que casar-se com ele ou ela, também estará em adultério diante de Deus.

NOTA IMPORTANTE: Não existe na bíblia outra exceção para o divorciado casar-se novamente, apenas por traição, e neste caso, apenas um(o que foi traído) está livre para casar-se de novo.
Jesus não ensinou que o cônjuge traído deve se divorciar. Sem dúvida, há espaço para o perdão, para a cura e para restauração do relacionamento rompido. Essa deve ser a abordagem cristã da questão. Infelizmente, por causa da dureza do coração humano, há ocasiões em que se torna difícil curar as feridas e salvar o casamento. Então Jesus Cristo deixa livre aquele que foi traído para novamente encontrar alguém que o respeite.


Pesquisa em livros dos autores:
Ralfh Gower
Atila J. Gonzales
Ernomar Octaviano
Warrem Wiersbe